O apego do silêncio pela criança no baloiço
faz dormir os pássaros e o fio de cabelo
No sarcófago habita uma multidão em cacos de vidro
a espreitar para a ausência do Deus
Longos caminhos e jardins postos à deriva no dorso
do cavalo
e o navio na erupção fria do vulcão cheira a odor de
pão cozido
na narina da ave à espera que o barco fermente
a viagem dos seus demónios na asa.
Lisboa, Portugal
Lisboa, Portugal