23/12/12

Tacalhe, na hora de bai

Se

Se cada gesto saísse solto
Se cada desejo tivesse corpo
De uma rocha de sol
Se cada lágrima cavasse a alma
E túnel fosse onde coubesse
Se com a força dos meus dedos
Rasgasse o vento […]

Tacalhe













Morreu ontem o poeta e diplomata Alírio Vicente Silva (27-4-1943 – 22-12-2012), que utilizava o nome Tacalhe (anagrama da palavra Calheta, a sua terra natal), para se identificar no mundo literário e fintar a PIDE. Será que é desta que a primeira rua urbanizada da minha terra (que virou cidade) vai ter finalmente um nome? Ui, verdade seja dita: a concorrência é forte! Em todo o caso, o doutor Alírio merece alguma coisa, porque foi um bom rapaz, amigo da sua terra e da sua gente. Aliás, agora que a cultura está na moda, espera-se ao menos que a casa do Sr. Vicente Silva (pai), ainda em pé, seja transformada em alguma coisa como casa da cultura ou biblioteca municipal. Da casa do Sr. Velhinho, com cara de museu da poesia, falaremos em outra hora. Por agora, só um «tchau-tchau» ao doutor Alírio.