17/12/12

"Lisboa poetisa fundida na Grécia da porta"

 
Lisboa poetisa fundida na Grécia da porta
Uma criança debruça-se no bago da fruta
e mama as indumentarias doces do Tejo
O outro menino desce das lâmpadas
para ter outra roupa avessa na infância
nó apertado de fôlego vivo na chuva

Caí brusco das mãos da areia acesa no voo
para dentro do caroço lúcido da metrópole
distante a cidade da Praia árvore embutida
de cabeça para baixo num copo com água
Relincha os bárbaros da eletricidade do sal
as piruetas pornográficas do vinho poligâmico.