No calar da alvorada
A coruja do silêncio
Em sonos de Lua
Envolto nas nuvens
Trouxe à raiz do tempo
Atado na sua alma
O homem de barro
Entre a terra e o céu
Numa voz esquecida
Com a face do perdão
Como uma página virada
Levitando no tempo
Voou a majestosa coruja
Deixando o homem
À deriva da sabedoria
Em prosas de sombra
Em alcateias de luz
De longe o olhar da coruja
Entre os montes e vales
Divagando, sentado o homem
Em feixes de evolução
Passo a passo guiado
Em busca da identidade.