05/01/13

Eu e a loucura de mão dadas


                       Eu e a loucura de mão dadas

                            Eu e a loucura de mão dadas! 
     Numa tarde após a chuva, o ambiente cinzento de névoa, o barulho das trovoadas, e uma luz que aparece de repente, e a loucura continua ... 
    A loucura deixa em mim o poder de voar, de ver o impossível de tocar o intocável, de desvendar os mistérios, o triste dessa felicidade é fazer de mim, o ser que eu não sou. 
    Voltando em mim e a minha tristeza, fico cego de tanto ver e não vejo o que eu quero ver, de tanto crer e não poder tocar, sinto um vazio sem a minha loucura...! 
    O mal de tudo isso é que eu não posso ficar sempre de mão dadas a loucura, a lucidez me traz a imperfeição, faz de mim um prisioneiro da procura sem limite, a resposta de um é a pergunta de outra... 
         Mas porque? Porque ? Pois é, ai vem mais perguntas, 
     Com a loucura eu sei de tudo, o tudo que não é nada, a existência do nada me preocupa porque é dai que vem o tudo. O tudo é a vida que me leva até a morte ou o tudo é a vida que me leva até a loucura. Tudo é abraçar a loucura, viver a vida e ver a morte como um agradecimento. 
     Ainda bem que eu dei a mão a loucura porque se não seria um louco. 
                                 Vamos dar mais uma volta, vamos. 
                                   Eu e a loucura de mãos dadas.