30/01/13



Cata-ventos calçados pontapeiam os ossos urbanos
as pontes árticas nas veias de água (ou coisa assim)

A placenta do universo e a encubação da Lua
avessas às terapias fêmeas da ternura da ave

Estourar as árvores pelas suas vértebras
Aparafusar os pontos cardeais nas pernas

A aparência dobrada a queima-roupa
no dorsal eloquente da pera rocha em queda livre no nulo

A bruma versátil entranhada
no vazio absorvente das trincheiras      
adoçadas no desabotoar incidente do oceano
na saliva dos bichos de martelos

A reação química dos aborígenes à curvatura do arco
Dados lançados e tocam-se as flautas sis sisos da poesia.   



Lisboa, Portugal