Cata-ventos calçados pontapeiam os ossos urbanos
as pontes árticas nas veias de água (ou coisa
assim)
A placenta do universo e a encubação da Lua
avessas às terapias fêmeas da ternura da ave
Estourar as árvores pelas suas vértebras
Aparafusar os pontos cardeais nas pernas
A aparência dobrada a queima-roupa
no dorsal eloquente da pera rocha em queda livre no
nulo
A bruma versátil entranhada
no vazio absorvente das trincheiras
adoçadas no desabotoar incidente do oceano
na saliva dos bichos de martelos
A reação química dos aborígenes à curvatura do arco
Dados lançados e tocam-se as flautas sis sisos da
poesia.
Lisboa, Portugal