Remar no
ângulo reto na incursão
da última
pedrada Caçar na bainha da unha
os anéis
de Saturno Sopros apertados no nó do sapato
apodrecem
na caligrafia da expressão da cara
Descolagem
de aviões nos hélices dos ovos
que bebem
o som agudo da máquina de escrever
recados
nos telhados da Lisboa em chama
e a
cidade da Praia arde em papel
enquanto
os insetos dragam a ranhura dos dentes
o sémen
incendeia no olfato
Átomo
seco na fundura do cabelo
faz uma
vírgula e um laço hirto
no menear
dos astros Fica ali longe
fósforo
na posição do farol distante do penteado
das
areias que conservam na escama humana da fauna.